Gravidade

Mais um texto porque esse blog está muito abandonado. O último filme assistido e assistido 2 vezes foi Gravidade feito por Alfonso Cuarón. Um diretor que admirava muito, por causa grandes obras primas, que eu não assisti nenhuma, apenas Harry Potter o Prisioneiro de aknwpqm, não importa. Se quiser é sua chance de parar de ler e desacreditar dessa crítica que escreve esse blog.

Enfim, Cuarón fez o filme do ano e quem sabe da década. Senti como uma criança que vai ao cinema pela primeira vez, uma combinação do que se tem de melhor da tecnologia cinematográfica com uma história tão micro, de enredo tão pobre que eu realmente subestimei... A história é tão bem contada que te prende te envolve te dá agonia. É surreal o problema da protagonista. O filme depois dos 45 minutos é feito apenas com ela, interpretada pela atriz Sandra Bullock que dispensa qualquer apresentação. O enredo não diz absolutamente nada da história. Uma cientista está consertando uma estação espacial quando há uma chuva de estilhaço de um satélite vindo em direção da equipe. Os problemas que se sucedem são intermináveis, o que faz uma descrição detalhada da personagem e uma viagem, não espacial, mas sim íntima da natureza humana. O simbolismo marca esse filme, em cada cena há uma coesão com início meio e fim, cada tomada condiz com a própria personagem.

É possível interligar a cena com a vida na Terra da personagem, o que demonstra um conflito interno muito grande da vontade de estar na Terra e estar no espaço. A evolução dessa personagem define o filme inteiro como o grande filme que é, ai entramos no dilema qual é realmente a verdadeira viagem? Aquela em que entramos no drama da personagem ou a que vemos com os olhos vidrados a saga no espaço tão surreal, mas tão apaixonante?

Cuarón fez uma obra prima cheia de mise en scène e que vale a pena ser vista, revista e eternizada na história do cinema.

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