Últimos filmes


Aos bons filmes sempre arranjamos tempo para elogiá-los. Por isso resolvi escrever uma resenha sobre 3 filmes: O corte do diretor Costa-Gravas, As sessões que rendeu a atuação mais emocionante dos últimos tempos que já vi e o útimo não menos sensível e amoroso, O lado bom da vida.
Começo falando de O corte (2005). O diretor Costa-Gravas já havia me surpreendido com o filme Amén (2002) que tive a oportunidade de ver ano passado. O corte é considerado um drama e deveria ser na verdade uma tragicomédia da forma mais sútil e delicada do cinema francês classista moderno. Estou me apaixonando cada dia mais por ele na verdade.
O corte conta a história de um pai de família que trabalha em um fábrica do certo de papel há 15 anos. 600 empregados são mandados embora inclusive ele. Vivendo do seguro emprego e tendo uma família: mulher e dois filhos, Bruno Duvert se sente na obrigação de tomar providências. Ele cria uma caixa postal nos correios para ver quem possui o currículo igual ou próximo ao dele. Descobre que apenas 5 em toda Europa. Assim ele sai em  uma caça de sobrevivência ou morte no mercado de trabalho.
O corte
Poderia ser até um drama se o próprio assassino não fosse tão atrapalhado e suas vítimas tão complacentes com a falta de experiência do assassino. É um filme vibrante de se considerar ter simpatia pelo anti-herói e torcer para que ele se dê bem. Grande interpretação do protagonista José Garcia. Fotografia sensacional que remete algumas vezes a um filme noir. Enfim um filme refrescante que é o exemplo mais claro da teoria maquiavélica, que sim o fim justifica os meios. Cenas favoritas certamente são das mortes e o final em que demonstra um ciclo de disputa eterna entre os assalariados para garantir seu lugar ao sol.

As sessões
Helen Hunt é a estrela maior do filme não por causa da fama e sim por atingir o ápice da expressão de talento, Helen emociona e nos deixa confortável até o final do filme, mesmo nas cenas em que aparece nua e não há diferença nenhuma em sua tonalidade quando também vestida.
O filme é baseado em uma história real de um paraplégico que aos 6 anos contraiu poliomielite e perdeu os movimentos de praticamente todos os músculos do corpo. Mark O’Brien quando completa 40 anos sente a necessidade de experimentar o que ainda não tinha feito na vida, sexo. É ai que os coadjuvantes da vida de Mark entram em cena. Mark cultiva uma amizade muito grande com o Pr. Brendan, confidente amigo e o bon-vivant da história. O único que poderia ir contra toda a história, na verdade é a redenção de Mark para seguir seu plano.  Por isso ele resolve se consultar com a terapeuta de sexo Cheryl Cohen-Greene. Essa possui uma inusitada maneira de terapia, já que a terapia é feita na cama com exercícios corporais que incluem todas as formas e posições de sexo.
O filme maior parte do tempo possui um roteiro que fala sobre sexo o expectador é conduzido com a voz de professora de Cheryl a uma aula sexual. Ao final nos damos conta que não aprendemos nada de sexo e sim sobre bondade. Mark é um poeta que devolve a Cheryl um carinho e amor a vida em troca de uma amizade muito grande com isso ela desenvolve ao longo das sessões. O filme emociona, choramos de rir e acalenta muito o coração.



O lado bom da vida
Se quando tudo está perdido e nada mais nos resta e estamos no fundo do poço, a única coisa que temos que fazer é tentar sair dele. E foi assim que Pat Solitano começa o filme, desorientado, perdeu sua mulher, sua casa e é constantemente vigiado pelas autoridades locais e pelos pais. Uma pequena bomba relógio de fúria por tudo que está acontecendo com ele. Difícil encarar a sociedade já que não possui o comportamento de uma pessoa educada e centrada. Encontra em Tiffany, a irmã problemática da esposa de um amigo, a oportunidade de se integrar novamente a sociedade. Atuação brilhante do casal de atores. O filme possui o ritmo dos personagens, um verdadeiro caos. Segue a desproporção até um final feliz que era totalmente previsível. Entre idas e vinda Tiffany e Pat se ensinam a como aprender a viver. Um pacto entre eles envolve a família  dela e de Pat em torno da relação de afeto dos dois. Filme tem roteiro fraco para alguns personagens, mas muito bem escrito para o casal protagonista. Robert de NIro, não demonstra nem metade do que é capaz.
O lado bom da vida como o título induz é ver as pequenas coisas da vida e se encantar pelos detalhes, abraçando boas oportunidades quando surgem. E é por essa mensagem que o filme vale a pena.



E assim é...

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